RIO TERÁ A PIRA MÓVEL

 Do Monte Olimpo, a chama dos Jogos já percorreu parte da Grécia, atravessou o Atlântico e está por se aventurar em praticamente todo o Brasil, por terra, água e ar, ficando cada vez mais perto da cidade dos Jogos. Mas, ao atravessar a Baía de Guanabara, o comboio desfila ainda pela Baixada Fluminense: Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu (3/8) antes de chegar ao seu destino final.

Será apenas a dois dias da cerimônia de abertura que a tocha finalmente encontrará o Rio, por onde ingressará pelo mar, em um dos cenários mais fabulosos da capital fluminense: a Baía de Guanabara, onde será recepcionada por velejadores que farão a primeira etapa do revezamento na cidade do Rio de Janeiro.

Hoje, o roteiro da tocha na cidade ainda é um grande mistério. Sabe-se que passará em Deodoro, onde acontecem as competições de 11 modalidades esportivas, e fará escala na Vila Militar, ao lado do complexo esportivo que receberá as competições de pentatlo moderno.

Os organizadores preparam uma série de atividades com o objetivo de surpreender o público. A maioria é mantida em sigilo, no entanto, ao menos uma já é conhecida e assegura ao Rio a certeza de ineditismo.

Uma vez acesa na cerimônia de abertura, no Maracanã, com o mesmo fogo originado dos raios solares que incidiram em Olímpia, a pira da Rio-2016 seguirá, de acordo com o prefeito Eduardo Paes, para a Orla Luis Paulo Conde, na Zona Portuária, e lá ficará até as vésperas da cerimônia de encerramento, no dia 21 de agosto. Será nesta data que a chama finalmente apagará, dando início aos preparativos para os Jogos de Tóquio, em 2020.

A decisão de fazer com que a pira dos Jogos do Rio fosse móvel demandou tempo e muito estudo. Ela não ficará no Maracanã o tempo todo porque o estádio segue o “padrão Fifa”, com arenas que não têm o padrão olímpico, marcado pela pista de atletismo cercando o gramado de competição.

Antes disso, porém, alguns destinos do revezamento da tocha já são certeiros. Ela passará por áreas simbólicas da cidade ou que foram recentemente revitalizadas, como é o caso de Madureira, Quinta da Boa Vista e a Orla da Zona Sul.

Os organizadores não confirmam nada em relação ao esquema que vai acompanhar a tocha no Cristo (na verdade, sequer confirmam que a tocha passará pelo principal símbolo da cidade, mesmo que esta seja uma certeza quase absoluta). No Parque Olímpico da Barra, também não há confirmação de nada. Só a garantia de que surpresas estão a caminho.