O arquipélago de Fernando de Noronha receberá o revezamento da tocha olímpica no dia 5 de junho. Um dos condutores levará a chama olímpica para perto dos Dois Irmãos numa prancha de stand up paddle - Hans Von Manteuffel / MTur/Divulgação
Após a passagem por Paulo Afonso, o revezamento da tocha segue seu
caminho pelo Nordeste, a partir de Sergipe. Um barco a motor vai conduzir a
tocha em Canindé de São Francisco. O comboio percorrerá as capitais Aracaju
(28/5) e Maceió (29/5) e retorna a Pernambuco pelo Agreste. Garanhuns, Lajedo e
Caruaru, cidade natal do mestre Vitalino, que tanto orgulha o povo nordestino
com suas preciosidades moldadas em barro que retratam a cultura e o folclore
regional, entram no roteiro em 30 de maio. No dia seguinte, a delegação segue
para Recife. Mas nenhum roteiro à capital se completa sem uma frevada nas
ladeiras de Olinda (2/6). Retomado fôlego, a caravana olímpica se prepara para
conhecer Campina Grande, na Paraíba onde os preparativos para um das maiores
festas de São João do país (e um passeio de barco) aguardam o comboio olímpico
com a chama dos Jogos.
A tocha pode ou não pular a fogueira de São João, mas esses movimentos
mais inusitados no roteiro são classificados pela organização do revezamento
como operações especiais, que buscam imagens icônicas para a memória dos Jogos
Olímpicos no Brasil, mais até do que o engajamento da população, já que nesses
trechos, o comboio pode ser reduzido por motivos operacionais.
A passagem da tocha por Fernando de Noronha (5/6) está entre essas
operações especiais. O arquipélago que pertence a Pernambuco mereceu um desvio
de percurso a partir de Natal para que a tocha visite um dos nossos mais
simbólicos referenciais de paraíso natural. Um condutor vinculado ao projeto
Tamar vai traçar um roteiro digno de turista VIP na ilha. O cenário inclui
Praias do Sueste e Cacimba do Padre, trecho em stand up padddle no meio dos
Dois Irmãos, seguindo para a Praia do Sancho, Praia da Conceição e Pedra do
Pico. O revezamento vai acontecer na Vila dos Remédios, e a tocha segue para o
forte N. S. dos Remédios e os canhões do forte São Miguel. A equipe percorre
ainda a estrada que cruza a ilha até seu ponto mais alto, encerrando o trajeto
na Capela São Pedro.
De volta ao continente e ao Rio Grande do Norte, a tocha retoma sua
cruzada pelo Nordeste, em Lajes (6/6), passando ainda Mossoró, onde a
programação inclui apresentação de quadrilha junina e de grupos tradicionais de
pastoril. Rumando ao Ceará, Fortaleza recebe a tocha (7/6), após passagens por
Aracati, onde Canoa Quebrada é seu cartão-postal mais famoso, e Aquiraz, que
abriga complexo turístico do Beach Park.
ROTA DAS EMOÇÕES
Delta do Parnaíba é um dos destinos do revezamento do tocha - Embratur/Divulgação / Divulgação
Mais operações especiais estão programadas na chegada do comboio ao
Piauí, onde a tocha será conduzida de barco e através das dunas que compõem a
bela paisagem do Delta do Parnaíba (9/6) — uma das três pontas da famosa e
turística Rota das Emoções (que inclui Jericoacoara e os Lençóis Maranhenses).
No Delta, a tocha vai em barco típico até chegar em dunas que beiram o rio. O
sortudo que conduzirá a tocha poderá ver, naquele ponto, o mar e o rio se
encontrando. Ainda no Piauí, corrida de trilha será o destaque da programação
no Parque das Sete Cidades em Piripiri, a 200km da capital Teresina (10/6),
onde a vegetação marcada pela transição entre o cerrado e a caatinga reúne
formações rochosas de mais de 400 milhões de anos e pinturas rupestres com
cerca de seis mil anos.
De Teresina a tocha parte de avião para uma rápida passagem por Palmas
(11/6), no Tocantins, e volta ao Nordeste, onde visita a capital do Maranhão
(12/6), em meio as comemorações juninas. Em São Luís, a tocha vai circular de
bicicleta, quadriciclo e stand up paddle, além de ir até Barreirinhas (13/6),
outra porta de entrada para a Rota das Emoções, com os Lençóis Maranhenses. Não
por acaso, um dos cartões-postais mais impressionantes do Brasil. O comboio da
tocha chega por lá no dia 13 de junho.