DEPOIS DAS CATARATAS, TOCHA SE APROXIMA DO RIO


Passagem pelas cataratas é ponto alto da passagem da tocha pelo Sul do Brasil - Eduardo Maia / Eduardo Maia



Os condutores do revezamento percorrerão em média 250 metros com a tocha e poderão levar para casa o seu “troféu olímpico”. Paulista de Santos, a tetracampeã mundial de skate Karen Jonz, 31 anos, já prepara em sua casa, em Perdizes, o “altar” da sua tocha, junto a outros troféus. Ela vai carregar a chama em São Francisco do Sul, Santa Catarina (13/7).

— Sempre quis participar de Olimpíadas, desde criança, quando fazia ginástica olímpica e assistia às acrobacias de Nadia Comaneci pela TV e, depois, via Daniele Hypólito competir, antes de Daiane dos Santos. Não deu pela ginástica. Mas essa foi a forma que encontrei para realizar meu sonho olímpico. E me disseram que posso conduzir de skate — diz Karen.

A skatista é um dos destaques do último trecho do revezamento. Mas antes das aventuras pelo Sul, a tocha se despede de sua aventura pantaneira em Campo Grande e passará por cidades como Sidrolândia, Dourados e Bataguassu (27/6), ao longo do Rio Paraná, no Mato Grosso do Sul. No estado de São Paulo, o comboio segue para Presidente Prudente e vai a Paraguaçu Paulista, (28/6), onde quatro tropeiros conduzirão a tocha, rumando para Marília e Assis. Neste mesmo dia a tocha chega ao Paraná, por Londrina.

Em Maringá (29/6), a programação inclui percurso de aproximadamente 4.200 metros, com atividades de natação e bicicleta no revezamento. A população assistirá na Vila Olímpica.

Foz do Iguaçu, uma das sete maravilhas da natureza — que dividimos com os irmãos argentinos — abriga a tocha nos dias 30 e 31/7. O comboio será recebido com música de roda de viola do Colégio Tarquínio Santos. Foram incluídos na percurso o Marco das Américas, o Parque das Aves e a Hidrelétrica de Itaipu, a Mesquita Omar Ibn Al-Khatab, o Templo Budista, onde há um Buda de sete metros e mais de 120 estátuas. Na visita ao Parque Nacional, a tocha se aproxima de barco das quedas d’água em seu ponto mais famoso: a Garganta do Diabo.

Diversão garantida terá a equipe de condutores em Pato Branco (2/7). A cidade está construindo um carrinho de rolimã para duas pessoas: um dirige enquanto outro leva a tocha.

No Rio Grande do Sul, as missões de São Miguel e Santo Ângelo (4/7) entram no caminho para a capital, Porto Alegre (7/7), e há escala em Gramado e Canela (8/7). Em referência a alta temporada turística dessas cidades, como o Natal Luz, a tocha descerá de rapel pela fachada de pedra da catedral de Canela. Papai Noel tira de letra, todo ano.

A tocha se despede dos gaúchos com uma visita aos vinhedos de Bento Gonçalves e passagem por Torres, onde, no mesmo dia, o comboio dá uma guinada e inicia trajeto rumo ao norte. Volta a Santa Catarina por Sombrio (9/7), Araranguá e Criciúma, além de Tubarão e Laguna (terra de Anita Garibaldi). Em Florianópolis (10/7) está previsto passeio de bicicleta. Em São Francisco do Sul (13/7), Karen Jonz faz a sua parte.

Em Curitiba (14/7), haverá desfile em carro vintage. No dia seguinte, visita a Vila Velha. No estado de São Paulo, vai até Franca (19/7), Campinas (20/7) e depois à capital (24/7). No belo litoral de Ilhabela (25/7), honra a fama de capital da vela. A chegada será de helicóptero e a condução, em barco a vela.


A primeira cidade fluminense na Costa Verde, Paraty, recebe a tocha (27/7) no caminho para Angra dos Reis. Uma barca levará os condutores até Ilha Grande. De lá, o comboio segue para Resende e Volta Redonda (28/7). No Vale do Café, há passagens em Barra do Piraí e Vassouras. A tocha segue para Petrópolis (29/7) e passa por Nova Friburgo, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, antes de chegar ao Rio, com paradas na Região dos Lagos, incluindo Rio das Ostras, Búzios e Cabo Frio (1/8). Chegando a Niterói (2/8), o caminho até a cidade maravilhosa está perto do fim e os Jogos estarão prestes a começar.